Um lindo começo

Nós babando e elas crescendo  /   /  Por Mônica Japiassú

Um lindo começo

O último capítulo da nossa história começa no início da última semana de janeiro de 1999.
E como o último capítulo é o mais especial, vai ser um post escrito a quatro mãos. 😀 Portanto, prestem atenção: tudo que está em rosa foi escrito por mim e o que está em azul foi escrito pelo Celinho.


Mais um Sábado havia se passado e havia chegado o primeiro domingo incomum na minha vida. Passei praticamente o dia inteirinho com ela na minha cabeça involuntariamente. O pensamento era muito forte e comecei a vê-la em minha vida, estava com vontade de trazê-la para o meu dia a dia e para tudo que fazia parte de mim. Era um sentimento tão límpido e bom… Enquanto pensava na piscina de olhos fechados tirando um semicochilo sossegado, sem perceber a Paty se jogou de propósito na piscina me dando um imenso susto: parece que despenquei das nuvens direto para o chão sem para-quedas!!

Com tudo aquilo rondando dentro de mim, no domingo, dia 24, por volta de 21h, comecei a passar para o papel (ou melhor, para o word) tudo que eu estava sentindo naqueles momentos, um resumo de tudo que vivemos e sentimos. O rascunho ficou pronto, imprimi e no dia seguinte, na barca, fiz uma série de alterações e acréscimos.

Contudo, ainda faltava mandar o email-convite para ela. Na faculdade tentei, porém a internet estava muito ruim e praticamente nada estava funcionando. Não podia deixar de mandar aquele email e comecei a ficar aflito… Fiz várias tentativas porém não consegui nenhum retorno… Naquele momento, a única solução era pedir para alguém, de casa, enviar para mim. Comecei a fazer uma lista de colegas de confiança que poderiam executar sigilosamente aquela missão para mim. Eis que o único nome que ficou foi o do nosso padrinho Leonardo.


Na segunda-feira eu estava no meu estágio (na época eu estagiava na Eletrobras) e recebi um e-mail do Celinho. Comecei a ler e imediatamente foi me dando um arrepio na espinha, meu coração começou a bater mais forte… Acho que foi lendo esse e-mail que tive a certeza de que realmente estava rolando algo mais do que amizade entre nós. 🙂 Estou falando do e-mail de título “idéias, idéias…” de que o Celinho falou no penúltimo capítulo.


Naquele e-mail, entre outras coisas, eu dizia que tinha lido seu último reply com mais calma e vi coisas especiais ali que precisavam de uma conversa em PVT e ao vivo! 😉 E sugeri que fôssemos ao cinema e depois conversássemos comendo crepe, até então seu prato favorito (e até então era barato).


Confesso que senti um pouco de vergonha ao pensar em como poderia ser esse encontro. Vergonha de falar tudo que eu estava sentindo ao vivo, olhando nos olhos dele, porque sou uma pessoa tímida. Mas, como ele, estava sentindo a necessidade de falar muitas coisas pra ele em vez de só escrever. E aí, comecei a responder seu e-mail no estágio mesmo (mas só terminei em casa). Mandei mais indiretas diretas pra ele 🙂 e disse que naquele momento minha resposta era “talvez”. Heheheheh! É que eu ia ter uma prova na faculdade na semana seguinte e não sabia se ia ter conseguido estudar tudo até sábado. Mas garanti a ele que ia tentar adiantar meus estudos durante a semana.


Naquele dia eu realmente estava aflito e pedi MUITO ao Leo para enviar o email pra mim, explicando a situação, pedi para não ler o email (até hj eu não sei se ele realmente não fez isso ;)) e disse que era questão de vida ou morte!! Felizmente o Leo cumpriu a missão até bem demais: no momento de explicar a situação, até hoje não sabemos pq ele escreveu com letras garrafais que era SOLTEIRO!!!! hahahahaha!

O fato é que ela já tinha recebido o email, mas eu não tinha recebido a página de confirmação de envio, então ela recebeu os dois emails. Um pequeno parêntesis aqui: (e pensar hoje que um telefone poderia resolver tudo, mas nãããããããão… tinha que ser por email!!!).


Como prometido, consegui estudar tudo durante a semana e na sexta-feira escrevi um e-mail pro Celinho falando que podíamos sair no sábado. Porém, sugeri que fizéssemos somente metade do convite dele, cortando a ida ao cinema e indo direto ao crepe + conversa. Não sei se com essa sugestão eu queria “fugir” de algo que pudesse acontecer no cinema ou se estava mesmo mais ansiosa pelos papos que íamos ter ao vivo. 🙂


Na faculdade, li seu email de resposta ao meu e fiquei muito feliz em saber que ela tinha aceitado meu convite!!! 🙂 E fiquei torcendo pra que ela, mesmo não conseguindo estudar nada, não mudasse de idéia.

Chegou a Sexta feira… Dia de confirmar se estava tudo acertadinho, tudo certinho, tudo ok. Cheguei em casa no início da tarde, estufei o peito e, finalmente liguei para casa dela! Quem atendeu foi a mãe da Moniquinha me avisando que ela estava no estágio. Pedi então que ela me ligasse mais tarde, porém ela insistiu insistentemente em eu ligar para a Eletrobrás. Achei que seria incômodo, mas como eu sabia que ela não fazia muita coisa mesmo, resolvi ligar. Ela atendeu, e ficamos conversando um pouco, confirmando o conversatório para o dia seguinte. Então passei a limpo a carta, escolhi uma fonte legal (Murray Hill). Ela foi impressa no dia 30, por volta de 1h.

Amanheceu. Sábado, dia 30/01/99. Acordei, empacotei o meu modem vitimado e levei-o ao Ed. Av. Central para trocá-lo, o que ocorreu sem problemas. Chegando em casa, colocado o modem, passados os problemas rotineiros, consegui conectar, sair do jejum e a primeira pessoa para quem mandei email não poderia ser outra, avisando que eu já estava chegando! 🙂


Pressentimentos ou coincidências? – série II

Naquele dia, meu irmão e minha ex-cunhada estavam na minha casa. Quando o interfone tocou e eu atendi, meu irmão perguntou quem era. Eu disse que era o Celinho (na época eu ainda não sabia se o chamava de Carlos, de Marcelo ou de Carlos Marcelo. Hehehehe!) e meu irmão falou:
– Ihhhh, tá namorando!
– Tô nada, menino!
– Ah, mas com ele eu aprovo! Ele é um cara legal!

Detalhe que o único contato que meu irmão havia tido com o Celinho tinha sido na festa de 50 anos da minha mãe, em 19/12/1998 (lembram?), e por poucos minutos de conversa.


Cheguei na casa dela por volta de 16h e me deparei com todos almoçando, exceto ela. Ao ser convidado a almoçar imaginei “Ela também deve ir almoçar antes de sair” e aceitei, apesar de já ter almoçado bem antes de sair de casa. Quando ela chegou, teve que almoçar também!! hehehehe!
Saímos para o Norte Shopping e após ela estacionar o carro, fiquei na dúvida se levava ou não a carta que tinha escrito, pois temia que ela achasse que eu estava indo depressa demais.


Chegando à praça de alimentação do shopping, sentamos em frente ao The Creps (lembramos exatamente o lugarzinho onde sentamos) e pedimos nossos crepes. O Celinho pegou os mails impressos e começamos a conversar. E aí, conversamos muuuuuuuuuuuito mesmo, sobre tudo! E conversamos TANTO que eu tinha combinado com a minha mãe que íamos levar o Celinho em casa depois, mas ficamos tanto tempo no shopping que minha mãe telefonou dizendo que achava que ia ficar tarde pra nós duas irmos sozinhas levá-lo. Aí, o irmão do Celinho foi buscá-lo na minha casa depois.


É engraçado como um dia encontramos uma pessoa com a qual nós conseguimos conversar sobre tudo, naturalmente. Isto me trouxe um conforto e uma certeza muito grande de que eu poderia contar com ela para tudo e qualquer coisa.

Durante a conversa, fui lendo e comentando as dezenas de páginas de emails impressos e assinalei alguns trechos, que foram as diretas indiretas dela, para que lesse para mim: precisava ver e sentir ela falando aquelas palavras para mim. É claro q ela resistiu um pouco, mas acabou lendo.


Depois de conversarmos bastaaaaaaaaante sobre coisas que não tinham muito a ver conosco, quando finalmente o papo sobre nós começou a engrenar, um infeliz de um cara que estava sentado na mesa ao lado da nossa me cutucou e pediu a minha cantea emprestada. Minha primeira reação foi virar pro Celinho e falar: “Que hora pra ele pedir essa caneta emprestada!”. Hehehehe!! Esperamos o carinha devolver a caneta e voltamos à conversa.


O Celinho falou sobre o que estava sentindo por mim, sobre o que já tinha pensado até então sobre a nossa crescente amizade e… disse que não sabia mais o que dizer. Aí, me enchi de coragem e tasquei um… calma! Não se afobem! Antes do beijo, ainda falei uma frase pra ele: “Então não precisa falar mais nada…” e: tchan tchan tchan tchan!!! Demos o tão esperado beijo! :DDD

Foi um momento lindo, mágico, que só as pessoas apaixonadas sabem descrever, mas mesmo assim é difícil descrever com palavras. Até hoje esse primeiro beijo está forte em nossa memória, junto com os carinhos e as sensações. A vontade era não parar mais, e a certeza era de que tudo aquilo era muito mais forte e diferente de tudo que já tínhamos vivido. Enfim, depois do beijo, duas vidas se uniram pra sempre.


Antes de ir embora da minha casa, o Celinho me deu a carta, que ele tinha decidido não levar para o shopping. Quando ele se foi, li a carta e me emocionei. Achei muito lindo ele ter escrito tudo aquilo pensando em mim antes mesmo de ter certeza do que ia acontecer no nosso encontro! :~)


Na época, como toda pessoa apaixonada, a gente fica meio abobalhado e quer gritar para todo mundo ouvir o tamanho da nossa felicidade e, por isso, minha vontade era publicar essa carta, mas não achei adequado já que era uma preciosidade feita só para ela. Contudo, ela própria deu a idéia de publicá-la no blog e achei ótimo. Pois ei-la aqui.

Só peço para que, se forem usar, não a usem para conquistar alguém comprometido, destruir lares etc. Se forem usá-la, certifiquem-se de seus sentimentos e, principalmente, que não vão prejudicar ninguém.


Depois de ler a carta, fui contar a novidade para a minha mãe, que gostou muito! Pro meu pai, só contei no dia seguinte pois ele já tinha ido dormir. Ele também gostou bastante! 🙂

Pressentimentos ou coincidências? – série III

Depois de tudo acontecido, minha mãe me contou que logo depois que nós dois saímos rumo ao Norte Shopping, ela falou pro meu pai: “Eles dois podiam namorar, né? Ele é um bom rapaz!”. Viram como minha família toda aprovou o nosso namoro antes mesmo de começarmos a namorar? 😀

E esse foi o último capítulo da nossa crescente amizade, que ao mesmo tempo foi o primeiro capítulo do nosso LINDO namoro! 😀 Realmente, os dias daquele verão foram inesquecíveis!

Agora queremos saber se valeu a pena vocês esperarem tanto pra conhecer os mínimos detalhes da nossa história! 🙂

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17 comentários
 
  1. Dagner 12 de fevereiro de 2004 at 00:22 Responder

    Puts! Vale chorar???

  2. Adria (madrinha junto com o Leo) 9 de fevereiro de 2004 at 22:41 Responder

    Linda história!!!
    Eu nunca me esqueço do Carlos falando da Mônica na faculdade! Sempre q conversavamos dela os olhos do Carlos brilhavam!!! Eu já gostava da Mônica sem conhece-la, pq eu via nos olhos do meu amigo o quanto ela o fazia feliz!!!
    Carlos, vc lembra q vc tb me entregou um e-mail q meu irmão me mandou, numa época q eu estava brigada com minha família? Eu acho q nunca te falei, mas foi graças a vc ter pego esse mail na minha conta e se preocupado em me entregar q eu voltei a falar com eles! Não sei se já tinha te dito isso… mas se não, gostaria de te agradecer por isso 😉
    Bjs, da dindinha!

  3. Adria (madrinha junto com o Leo) 4 de fevereiro de 2004 at 11:19 Responder

    Ainda não pude ler esta parte da história, ainda estou terminando o tal trabalho…

    Só passei pra faler oi, falar q adorei o boliche! E q quero ir jogar de novo…
    REVANCHE!!!
    tsc tsc tsc tsc tsc

  4. Lu 4 de fevereiro de 2004 at 09:00 Responder

    Meu bloguinho de receitas ficou pronto!! Está lindo!!! Passa lá pra conferir!!! Vc tb está linkada lá!!! Se quiser fazer o mesmo.. adoraria!!
    http://www.receitinhasdalu.blogger.com.br
    bjosssss

  5. Tabatha 3 de fevereiro de 2004 at 20:31 Responder

    Moni…
    Me emocionei lendo a história de vcs. O amor de vcs já estava escrito e o Marcelo só fez traduzir… Felicidades!!!

  6. Laura Sá 3 de fevereiro de 2004 at 18:34 Responder

    Ai ai … fiquei apaixonada! So falta alguem pra eu dizer isso! 😀 E CLARO, pra me dizer tbem! 😉 PARABENS pra vcs dois! Vcs são lindos! :)))

  7. Carlos Marcelo 3 de fevereiro de 2004 at 06:26 Responder

    Com certeza ela me inspirou pra tudo mais que se seguiu!

    Leo, eu acredito em vc, não se preocupe!!

    Moniquinha, tem comentário particular pra vc. Veja seu email! :*** TB TE AMO DEMAIS!

  8. Vivi Japiassú 3 de fevereiro de 2004 at 01:58 Responder

    Claro que valeu a pena esperar! Adoro saber como aconteceu o amor de duas pessoas e ainda mais o de vcs que é assim tão especial! Muito linda a história de vocês!

  9. José (pai da Mônica) 2 de fevereiro de 2004 at 21:40 Responder

    É, Marcelo, você estava inspirado quando escreveu aquela carta. Também, com uma destinatária tão maravilhosa, a inspiração veio com mais facilidade, não é mesmo?

  10. Mônica 2 de fevereiro de 2004 at 14:39 Responder

    Celinho, acabei de reler sua carta aqui no blog e é claro que, mais uma vez, me arrepiei e me emocionei. :~) Só tive que me segurar pq estou no trabalho! 🙂 Gente, dá licença, mas preciso declarar aqui que O AMOR É LINDO!!! Acho essa carta linda DEMAIS!!! :DDDD Beijinhos mil, meu amor! Te amo!!!

  11. Leo (padrinho junto com a Adrinha) 2 de fevereiro de 2004 at 14:18 Responder

    Realmente é linda a história de vcs. Esse final de amizade e começo de união eu já mais ou menos conhecia. Mas gostaria de dizer que EU NÃO LI A CARTA QUE ENCAMINHEI POR E-MAIL. Uma das coisas q eu mais aprecio no Carlão é a sinceridade e a confiança cega que adquiri com o tempo por ele. Creio que amigos de verdades tem q ser assim. Falar nisso, se fosse possível vcs poderiam matar minha curiosidade de séculos e publicar o conteúdo da carta.
    Escrevo mais depois.

  12. Lu 2 de fevereiro de 2004 at 11:20 Responder

    Lindo messmo!! Boa semana pra vcs! 🙂
    bjosssss

  13. Julie 2 de fevereiro de 2004 at 09:38 Responder

    ola monica e marcelo…eu adorei ler a historia de vocÊs e a acho linda demais… adoro historias de amor e é bom saber que elas dão certo as vezes… a carta foi a coisa mais linda… adorei a idéia de o ultimo post ser escrito a 4 mãos para poder sabermos como foi a reação de vcs 2 ao mesmo evento… vocês parecem ser um casal muito cumplice e muito amigo acima de tudo e isso é muito bom porque é a “cola de um relacionamento” além do amor e do carinho que vcs tem um pleo outro…adorei achar o blog de vcs, conhecer um pouco mais da história…
    beijos para vcs
    se cuidem e sejam muito feliz

  14. Carlos Marcelo 2 de fevereiro de 2004 at 08:03 Responder

    Pronto! A carta já está colocada. 🙂

  15. Tio Tonho 2 de fevereiro de 2004 at 07:24 Responder

    Que hisatória linda!
    Se os poetas líricos lessem essa história, com certeza ficariam mais inspirados. Acho que pode serf feito um folhetim ou mesmo um livro, baseado nesse romance que de tão romântico lembrou-me da poesia a seguir. Beijos!
    Eu
    ==========
    Vicente de Carvalho
    A Flor e a Fonte

    “Deixa-me, fonte!” Dizia
    A flor, tonta de terror.
    E a fonte, sonora e fria,

    Cantava, levando a flor.
    “Deixa-me, deixa-me, fonte!”
    Dizia a flor a chorar:

    “Eu fui nascida no monte…
    “Não me leves para o mar”.

    E a fonte, rápida e fria,
    Com um sussurro zombador,
    Por sobre a areia corria,
    Corria levando a flor.

    “Ai, balanços do meu galho,
    “Balanços do berço meu;
    “Ai, claras gotas de orvalho
    “Caídas do azul do céu!…

    Chorava a flor, e gemia,
    Branca, branca de terror,
    E a fonte, sonora e fria
    Rolava levando a flor.

    “Adeus, sombra das ramadas,
    “Cantigas do rouxinol;
    “Ai, festa das madrugadas,
    “Doçuras do pôr do sol;
    “Carícia das brisas leves
    “Que abrem rasgões de luar…

    “Fonte, fonte, não me leves,
    “Não me leves para o mar!…”

    As correntezas da vida
    E os restos do meu amor
    Resvalam numa descida
    Como a da fonte e da flor…

  16. clicka 2 de fevereiro de 2004 at 01:54 Responder

    Olá, achei teu blog procurando por noivas . Fiquei muito feliz por ver que a vida de casada parece ser muito boahehhe…
    vc é parente do Alberto Bianchi? è meu professor….

  17. Lúcia Japiassú 2 de fevereiro de 2004 at 01:43 Responder

    Cadê a carta? não veio.
    E já que ela não veio, aproveito para concordar com o Marcelo.É um momento só de vocês, que não devia ser publicado 🙂
    Mas a história de vocês é linda mesmo! 🙂

    Beijso no cração,
    mamãe

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