O que é empatia?

Casamento  /   /  Por Mônica Japiassú

Muitas vezes, falamos para outra pessoa “se eu fosse você, faria diferente”. Mas será que estamos realmente querendo dizer isso ou, na verdade, estamos querendo dizer “se EU estivesse no seu lugar, faria diferente”?

O que é empatia?

Vamos refletir sobre a diferença entre essas duas abordagens:

Vagner é um cara que gosta de sair com os amigos para beber e curtir uma balada todo fim de semana. Ele não se preocupa nem um pouco com a Lei Seca e sempre volta dirigindo para casa, mesmo depois de beber várias latas de cerveja.

Quando é parado em alguma blitz, Vagner não pensa duas vezes: oferece um suborno para o guarda e continua seu caminho, se achando o esperto.

Dênis, amigo de Vagner, tem dois valores que procura seguir desde criança em sua vida: ser correto e justo com todos.

Um dia, Vagner encontra Dênis com um semblante preocupado e pergunta:

– E aí, Dênis, o que que tá pegando? Que cara é essa?

– Ah, é que aconteceu um imprevisto e não vou poder ir ao trabalho voluntário que faço no hospital amanhã. O problema é que não tô conseguindo falar com meu supervisor pra avisar.

– E isso é motivo pra se preocupar tanto, cara? Você não é nem pago por isso!

– Mas eu tenho um compromisso não só com meu supervisor, mas, principalmente, com as crianças que ficam me esperando pra brincar e ler histórias pra elas…

– Ah, se eu fosse você, deixava isso pra lá e nem me importaria. Você já tentou falar com ele, já fez sua parte. Além do mais, você nem corre o risco de ser demitido, afinal isso nem é um emprego, mas sim um favor que você está fazendo!

Será que Vagner praticou a empatia nessa situação? Ele falou “se eu fosse você”, mas, na verdade, Vagner quis dizer que, com seus próprios valores, ele faria diferente se estivesse na situação de Dênis.

Se Vagner quisesse realmente praticar a empatia, primeiro ele teria que se imaginar com os valores de Dênis e, só então, se colocar no lugar do amigo, imaginando quais sentimentos e pensamentos estariam passando pela cabeça de Dênis. Aí, sim, ele conseguiria de fato compreendê-lo e ajudá-lo.

E você, tem praticado a empatia com seus familiares e amigos da forma correta?

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2 comentários
 
  1. José (pai da Mônica) 15 de novembro de 2013 at 21:23 Responder

    Mônica, depois disso que você escreveu, nunca mais poderemos falar “Se eu fosse você”. Temos que passar a falar “Se eu estivesse no seu lugar”. Minha filósofa preferida!

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