E lá vem mais uma parte!

Nós babando e elas crescendo  /   /  Por Mônica Japiassú

E lá vem mais uma parte!

Esqueci de falar no post anterior sobre como era a dor das contrações. Até eu ir para a sala de pré-parto (por volta de 15h, se não me engano), a dor era forte, mas suportável. Quando vinha uma contração, eu me virava de lado e pressionava a lombar, com o punho fechado. Isso durava cerca de 15 segundos, e a dor passava. A dra. chegou a falar que eu estava muito tranquila pra estar em trabalho de parto.

Mas na hora em que fui para a sala de pré-parto, as dores começaram a ficar muito fortes. A dra. deve ter percebido que minha fisionomia mudou (pra pior) quando as contrações vinham, e falou que ia chamar o anestesista pra aliviar minhas dores. Nesse momento eu estava com 4cm de dilatação.

A anestesia

O momento da aplicação da anestesia não é nada legal. A aplicação é na coluna e é um pouco demorada e dolorida. Eu fiquei de lado, e o Celinho ficou na minha frente. Ele bem que tentou, mas não conseguiu esconder a cara de assustado quando viu o tamanho da agulha. Hehehehe! Quando eu vi a cara dele, resolvi fechar os olhos pra não me assustar também.

A anestesia logo fez efeito, e veio o alívio! Ah, que maravilha parar de sentir as dores das contrações! Esse tipo de anestesia somente tira as dores, mas não tira a sensibilidade das pernas (como acontece no caso de cesárea). Mas minha perna esquerda ficou bastante dormente, com aquela sensação de formigamento. Quando a médica foi me examinar depois da anestesia, eu nem consegui ficar com a perna esquerda dobrada, já que não a estava sentindo direito. Nesse momento me bateu novamente uma insegurança, pois achei que não fosse conseguir fazer a força necessária para o parto normal com a perna naquelas condições.

Depois da anestesia, passei a sentir as contrações apenas porque fiquei com a mão em cima da barriga, aí sentia que ela ficava mais dura de vez em quando. Mas eu ainda não sentia vontade alguma de fazer força.

Batimentos cardíacos acelerados

Algum tempo depois (e já sentindo minha perna esquerda novamente), a dra. sugeriu que eu ficasse sentada com perninhas de chinês e fizesse força quando viessem as contrações, para que a Letícia descesse mais. A auxiliar que estava acompanhando a dra. nos explicou que o bebê vai descendo com o movimento de um parafuso, e que somente quando o rosto do bebê está para a frente é que ele está pronto pra nascer.

Fiz o que a dra. sugeriu, e um tempo depois, quando ela veio me examinar (ela sempre fazia o exame de toque e ouvia os batimentos cardíacos da Letícia), viu que os batimentos da Letícia tinham subido bastante, de 150bpm para 180bpm.

Naquele momento, ela ligou para o pediatra, pedindo para ele ir para a maternidade, e me falou que se os batimentos dela continuassem altos, seria mais seguro fazer cesárea.

Eram umas 16h30, e com a possibilidade de eu ir para a cesárea logo depois que o pediatra chegasse, liguei para a minha mãe e falei pra ela ir para a maternidade com a Amanda por volta de 17h30. E assim ela fez.

Porém, para nossa felicidade, antes mesmo do pediatra chegar, a dra. me examinou novamente e viu que os batimentos da Letícia já tinham voltado ao normal. Imagino que o esforço que fiz ao ficar sentada e fazendo força possam ter acelerado o coraçãozinho da nossa filhinha.

Bem, com os batimentos cardíacos normais novamente e dilatação aumentando, continuamos com o foco no parto normal. Mas as dores das contrações estavam voltando, e fortes. Então, o anestesista me deu mais uma dose de anestesia. Mas dessa vez, acho que usou substâncias diferentes e mais leves, pois não fiquei com a perna formigando.

E a bolsa não estourou

Diferente do parto da Amanda, dessa vez minha bolsa não estourou. Pra quem não lembra ou não acompanhou na época, na vez da Amanda a primeira coisa que aconteceu foi minha bolsa estourar. A partir daí é que vieram as contrações. Com a Letícia, como falei anteriormente, comecei a sentir as contrações, mas a bolsa não estourou. A médica é que a estourou com uma espátula pontuda quando a minha dilatação já estava mais adiantada (acho que com uns 8cm).

A seguir, cenas do próximo post…

  • Ocitocina com 9cm
  • Os tão sonhados 10cm!
  • Mais uma dose de anestesia
  • Fazendo força
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    11 comentários
     
    1. Pingback: Relato dos partos da Amanda e da Letícia (cesárea e parto normal) | Família Quadrada

    2. Cris e Heitor 27 de abril de 2009 at 07:57 Responder

      Mônica,
      Estou adorando o relato! A sua coragem e a determinação de médica em manter a possibilidade do parto normal foram sensacionais. Outros médicos não teriam a coragem e a postura da sua médica. Pontos para ela e, claro, para você também que persistiu até o fim! Bjs,
      Cris.

    3. José (pai da Mônica) 26 de abril de 2009 at 11:42 Responder

      Ô Bebel, a Amanda nasceu há 4 anos e 4 meses!

    4. Carlos Marcelo 26 de abril de 2009 at 09:27 Responder

      Mayra, gostamos do blog. Gostei principalmente das frases! Muito legal.
      Vc não fica preocupada de colocar todas as fotos dos familiares lá? Nós desistimos de fazer um post só com fotos das visitas por questões de segurança: julgamos ser muita exposição.

    5. Bebel 26 de abril de 2009 at 00:17 Responder

      UFA! Finalmente a Amanda nasceu… esses dias pensei em te escrever perguntando se era uma gestação de elefante! Parecia NUNCA chegar a hora do parto AHAHHAHAHAH
      Sorte! Saúde! Porque o resto vocês tiram de letra!

      Saudades [por mais que não pareça!] da Bebel de sempre, mas cada vez em um Estado diferente. Agora no Pará!
      😉

    6. Mayra Jucá 25 de abril de 2009 at 21:26 Responder

      Parabéns plea família e pelo blog, estou impressionada com a riqueza de detalhes dos depoimentos e com a dedicação ao blog. Não fica nada de fora! Minha filha Alice tem 4 meses hoje e estou adorando fazer um blog pra ela. Vou voltar ao trabalho em breve e seus posts sobre a Amanda nesta fase já me ajudaram muito. Obrigada. Aproveito para deixar uma dica: http://www.cinematerna.org.br/

    7. Dani e afilhadas 25 de abril de 2009 at 15:58 Responder

      Tô adorando ler o relato do parto. Sobre o coração da Letícia ter acelerado, aconteceu o mesmo com a Laura (3 meses). Mas o dela estava já com 10cm e a mãe teve que caprichar na força, pra ela nascer logo. Quero ver mais fotinhos das meninas juntas.
      Bjs

    8. Carlos Marcelo 25 de abril de 2009 at 13:22 Responder

      Pela primeira vez vi ao vivo o decorrer do trabalho do anestesista e afirmo: parece bruxaria, mas é ciência pura! Fazer somente a dor parar, numa região específica e a contração continuar, sem parar a sensibilidade lá e em outros lugares e sem apagar a pessoa…. Putz! É um trabalho admirável mesmo!

    9. Tia dinda Paty 25 de abril de 2009 at 00:01 Responder

      Qd eu tiver o meu filho eu não vou ter mais dúvidas d nada, afinal vc está relatando td tim tim por tim tim!!!

    10. Lúcia Japiassú 24 de abril de 2009 at 23:56 Responder

      Cada vez que leio seus relatos me orgulho mais ainda de você!
      Você é a minha pequena notável!
      Beijos em seu coração

    11. rosana 24 de abril de 2009 at 23:55 Responder

      cenas do proximo capitulo … esta parecendo novela na melhor parte para!!!! +++++!!!!!

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